Por Steve Keating

AL RAYYAN, Catar (Reuters) – Os Estados Unidos foram eliminados da Copa do Mundo do Catar com uma derrota para a Holanda nas oitavas de final neste sábado, mas olhando para o horizonte de 2026, um futuro brilhante está surgindo para os jovens norte-americanos.

Não tendo conseguido se classificar para a Copa do Mundo de 2018, o técnico da seleção dos EUA, Gregg Berhalter, optou pela juventude desta vez, com uma escalação com uma média de idade de 25 anos –a segundo mais jovem das 32 seleções reunidas no Catar, depois de Gana.

Com o zagueiro DeAndre Yedlin, que jogou no Mundial do Brasil em 2014, o único elo com o passado do país na Copa do Mundo, a falta de experiência dos norte-americanos foi evidente em momentos, mas compensada pela exuberância e por uma taxa de trabalho incansável.

Enquanto a derrota por 3 x 1 nas mãos dos holandeses não era a forma como os Estados Unidos queriam sair, a avaliação do quadro geral é “missão cumprida”, pois o jovem plantel de Berhalter recebeu um batismo da Copa do Mundo que certamente pagará dividendos em 2026.

“Partimos com um objetivo de mostrar ao resto do mundo como jogamos futebol e acho que conseguimos isso parcialmente, apesar de ficarmos aquém de nossos objetivos”, disse Berhalter. “Acho que este grupo está próximo.”

“Estar em campo com a formação mais jovem da Copa do Mundo quatro jogos seguidos e ainda ser capaz de jogar da maneira que somos, o público americano deve ser otimista.”

Quando a próxima Copa do Mundo rolar em casa, jogadores como Yunus Musah, de 19 anos, Timothy Weah, de 22 anos e Sergino Dest, Tyler Adams, de 23 anos –o capitão mais jovem do torneio deste ano– estarão todos se aproximando de seu auge.

Os Estados Unidos também podem ter descoberto o nome do ídolo ao qual os torcedores podem se apegar nos próximos quatro anos, o meia-atacante do Chelsea Christian Pulisic, de 24 anos, que estabeleceu suas credenciais de estrela no Catar.

Uma vitória sobre o Irã e empates contra a Inglaterra e o País de Gales levaram os Estados Unidos às oitavas de final, mas espera-se mais em solo nacional daqui a quatro anos.

Esses resultados provocaram conversas sobre a chegada da próxima “geração dourada” dos EUA, mas Berhalter estava relutante em colocar esse rótulo em sua equipe, dizendo que eles ainda não o merecem.

“Acho que isso está para ser determinado”, disse Berhalter antes da equipe conquistar a vaga nas oitavas. “Não conseguimos nada como um grupo no cenário mundial.”

A derrota para a Holanda ressaltou o trabalho árduo que os norte-americanos pretendem empreender para além das oitavas de final em 2026.

Mas eles se dirigem para casa acreditando que têm uma vantagem sobre seus co-anfitriões México e Canadá, que foram ambos eliminados na fase de grupos no Catar.

O México terminou em terceiro lugar em um grupo muito duro que incluía Argentina e Polônia, com quatro pontos.

O Canadá, de volta à Copa do Mundo pela primeira vez em 36 anos, não pôde fazer melhor do que em 1986, perdendo os três jogos, mas conseguiu marcar seu primeiro gol na história dos Mundiais.

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