E chegou a hora. Na virada da noite, de quarta para quinta-feira, vamos saber que time brasileiro vai disputar a final da Libertadores: Flamengo ou Grêmio. O Mais Querido ou o Imortal? O time de quem torce até morrer ou o de quem vai a pé, onde ele estiver?

É falso dizer que não há um favorito. O Flamengo lidera o Campeonato Brasileiro com folgas e apresenta um futebol envolvente. Não poupou jogadores na temporada e tem se valido do apoio da torcida no Maracanã para se impor. O Grêmio capengou na Série A, talvez até por ter poupado titulares em alguns jogos, mas mesmo completo não esteve sempre em alto nível. E a prova disso é que, no início de outubro, em Porto Alegre, os times empataram de 1 a 1 no jogo de ida, o que faz o Flamengo entrar em campo classificado com o 0 a 0. Então, o rubro-negro é sim favorito.

Se vai se classificar é outra história. E o exemplo vem do próprio retrospecto entre eles. Em 1982, em Porto Alegre, o Flamengo foi campeão brasileiro em cima do Grêmio. Em 1997, no Maracanã, o Grêmio conquistou a Copa do Brasil ao empatar com o Flamengo.

Em matas-matas, nacionais e continentais, empate de 5 a 5 – o Flamengo eliminou o Grêmio três vezes pela Copa do Brasil, uma pela Supercopa e outra pela Copa Mercosul; o Grêmio bateu o Flamengo uma vez pelo Brasileiro, outra pela Libertadores e três pela Copa do Brasil. Haja equilíbrio.

Jorge Jesus e Renato Portaluppi são dois personagens a mais nesse duelo. O Mister e o Gaúcho certamente vão passar muito a mão no cabelo durante o jogo. São vaidosos e provocadores, em estilos um pouco diferentes. Estilos que se estendem ao campo, fazendo com que os dois times sejam diferentes dos demais. O próprio Renato já reconheceu o mérito do adversário. E Jesus gosta sempre de lembrar que o rival tem mais experiência na competição.

“Vencer, vencer, vencer” está no hino rubro-negro. “Hoje com o mesmo ideal, nós saberemos te honrar” diz o hino tricolor. Sentimentos de cada um dos lados, compartilhados pelos dois.