A Colômbia reabriu nesta quarta-feira (19) as fronteiras terrestres, fluviais e marítimas que mantinha fechadas há mais de um ano devido à pandemia, exceto aquelas que compartilha com a Venezuela, informou a chancelaria.

O governo abriu as passagens com Panamá, Peru, Equador e Brasil “a partir da zero hora (2h, horário de Brasília) do dia 19 de maio de 2021”, disse o ministério de Relações Exteriores em mensagem à imprensa.

Mesmo com o vírus circulando fortemente, a Colômbia justificou a reabertura como uma forma de “avançar nas medidas que ajudem a reativação econômica” das zonas de fronteira.

A medida não inclui a Venezuela, país com o qual o governo de Iván Duque não mantém relações diplomáticas ou comerciais, apesar de possuir uma fronteira extensa de 2.200 quilômetros, com dezenas de passagens ilegais controladas por contrabandistas e grupos armados.

Caracas rompeu relações diplomáticas com Bogotá em fevereiro de 2019, depois que Iván Duque reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela em detrimento de Nicolás Maduro, a quem considera um “ditador”.

A Colômbia lidera a pressão diplomática na região para retirar o líder chavista do poder e é o principal destinatário dos 5,4 milhões de venezuelanos que fugiram da crise econômica em seu país desde 2015.

O governo colombiano iniciou este mês um processo para regularizar cerca de um milhão de imigrantes sem documentos nos próximos dez anos.

O fechamento das passagens de fronteira foi decretado inicialmente em 16 de março de 2020, dez dias após o primeiro caso de coronavírus ter sido registrado no país de 50 milhões de habitantes.

Com mais de três milhões de infecções e 82.291 mortes por covid-19, a Colômbia é o sexto país com mais casos e o quarto em número de mortes em proporção à sua população na América Latina e no Caribe, de acordo com uma contagem da AFP.