SÃO PAULO (Reuters) – A colheita de soja em Mato Grosso avançou 9,14 pontos percentuais nesta semana, para 13,3% da área no Estado, beneficiada pelo clima e o aumento de lavouras prontas para a retirada de grãos, disse nesta sexta-feira o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Os trabalhos estão bem mais avançados em relação aos 2,23% registrados no mesmo período do ciclo anterior, quando a safra atrasou após um plantio mais lento em função da falta de chuvas.

Além disso, o Imea também apontou que a colheita está ligeiramente acima da média histórica para o período, de 13,2%.

Com a colheita de soja avançando, o Imea registrou plantio de milho segunda safra em 9,71% das áreas do Estado, incremento de 8,14 pontos percentuais na semana.

O número está adiantado em relação ao total de 1,01% reportado um ano antes, e também supera a média histórica de 6,44%.

Apesar de chuvas acima da média em semanas anteriores, as condições climáticas se estabilizaram e têm contribuído com a entrada das máquinas nos campos.

“O clima tem colaborado essa semana, comparado com a última que choveu bastante. Aumentou também o número de áreas prontas para a colheita”, disse à Reuters o superintendente do Imea, Cleiton Gauer.

Ele afirmou que as produtividades estão boas, até o momento, com exceção da região norte do Estado, onde há casos pontuais de apodrecimento das vagens por excesso de chuvas.

“Ainda é difícil de saber qual será o impacto disso”, acrescentou.

A expectativa do Imea é que até a primeira quinzena de fevereiro a colheita evolua para um ritmo maior, e com isso também seja possível identificar com mais exatidão os rendimentos das lavouras.

Gauer ainda destacou que há preocupação dos produtores pelo atraso nas entregas de dessecantes, e o problema está sendo monitorado pelo instituto.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) solicitou ao Ministério da Agricultura autorização para importar diretamente Diquat, um herbicida usado principalmente como dessecante para auxiliar na colheita, alegando falta do produto quando os agricultores mais precisam, de acordo com comunicado divulgado nesta semana.

(Por Nayara Figueiredo)

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