O HDL, chamado também de “bom colesterol”, possui partículas que atuam no organismo humano e ajudam a proteger contra o Alzheimer. A informação foi divulgada por cientistas da Universidade da Carolina do Sul e publicada no último dia 13 na revista Alzheimer´s & Dementia.

O HDL age retirando uma porcentagem do colesterol das artérias, o que melhora o fluxo sanguíneo e ajuda a evitar infarto e AVC.

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O estudo foi conduzido a partir da investigação de partículas de HDL em 180 adultos saudáveis com média de idade de 76 anos. Quanto mais partículas de HDL no organismo, melhor o desempenho da função cognitiva.

A hipótese testada é que as partículas do HDL reduzem o risco de Alzheimer devido à capacidade de trocar lipídios (eliminação de gordura do organismo), o que afeta a membrana neuronal e as funções vasculares e sinápticas.

Os níveis de HDL, portanto, podem ser utilizados como parâmetro à prevenção do Alzheimer e abrem possibilidades à exploração do colesterol saudável em novas terapias.

Inteligência Artificial mapeia Alzheimer

Pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram um processo de aprendizagem de Inteligência Artificial a partir de imagens de cérebros de pacientes com Alzheimer para explicar a relação entre a anatomia cerebral e o processamento mental. Os dados foram publicados na revista científica Nature.

O Alzheimer é descrito como uma falha no processamento das proteínas tóxicas amiloide e tau, que se depositam em áreas do cérebro e causam falhas na transmissão neuronal, o que gera sintomas como perda de memória e dificuldade de comunicação.

“Esse novo modelo pode aprimorar nosso entendimento sobre como o cérebro funciona e falha durante o envelhecimento e a doença de Alzheimer, oferecendo novas formas de monitorar, prevenir e tratar transtornos da mente”, diz David T. Jones, neurologista da Mayo Clinic e autor principal do estudo, em nota.

O modelo mede a glicose cerebral através de tomografia por emissão de pósitrons. Os pesquisadores descobriram que 51% das variações nos padrões de glicose cerebral de pacientes com demência podem ser explicadas em dez padrões.

“Esse novo modelo computacional, com maior validação e suporte, tem o potencial de redirecionar os esforços científicos para focar nas dinâmicas da biologia de sistemas complexos no estudo da mente e da demência, em vez de focar nas proteínas mal enoveladas”, afirma Jones.

Segundo estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Queensland, da Austrália, o Alzheimer acomete mais de 1 milhão de brasileiros, número que pode chegar a 4 milhões em 2051. Apesar de ter origem genética, hábitos como tabagismo e dieta desequilibrada podem influenciar no desenvolvimento da doença.