A Cogna (COGN3) anunciou, na segunda-feira (14), uma mudança em sua estratégia, com o aumento do foco nos cursos digitais e na Educação a Distância (EAD), por meio do lançamento de um marketplace educacional que vai permitir a venda de cursos diretamente para os alunos. A ideia da empresa presidida por Rodrigo Galindo é não se limitar aos cursos de graduação, mas também englobando cursos de idioma, serviços financeiros e pós-graduação. Além de aumentar sua participação no mercado de cursos digitais, a Cogna também reduziu em 25% sua estrutura de aulas presenciais. Elas seguem como a principal fonte de receita da companhia, mas vem perdendo força devido à menor oferta de Fies. Esse crédito estatal impulsionou o setor de educação até 2017, mas desde então os recursos escassearam.

QUEM VEM LÁ
Pão de Açúcar quer listar o Sendas

Divulgação

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) aprovou a cisão de sua subsidiária Sendas, que controla a rede de atacarejo Assaí, para permitir a abertura de capital da empresa nas bolsas de São Paulo e de Nova York. No Brasil, as ações deverão ser registradas no Novo Mercado. A transação envolve uma reorganização societária interna, no qual a Sendas irá ceder as ações detidas do Grupo Éxito (operação latino-americana do Pão de Açúcar) em troca de suas ações detidas pelo GPA. Também deverá haver um aumento de capital de R$ 680 milhões.

PAPEL E CELULOSE
Suzano vai investir R$ 4,9 bilhões em 2021

A empresa de papel e celulose Suzano deverá investir R$ 4,9 bilhões em 2021, superando os R$ 4,2 bilhões investidos em 2020. Os recursos serão destinados à melhoria das atividades, para atender um mercado que se espera aquecido no próximo ano. A companhia vai destinar R$ 4 bilhões para manutenção, pois o plano de contingência devido ao impacto da pandemia adiou os investimentos. O segundo item nos investimentos serão os R$ 400 milhões destinados à aquisição de terras e de florestas. Segundo a empresa, esse é o mínimo necessário para que ela mantenha sua possibilidade de crescimento e sua competitividade no longo prazo.

ENERGIA
Isa Cteep paga dividendo extraordinário

A empresa de transmissão de energia Isa Cteep (TRPL4) vai pagar dividendos intercalares de R$ 0,176 por ação e R$ 0,56 em Juros sobre o Capital Próprio, valores já líquidos de imposto de renda. Sem considerar esses proventos, o rendimento da companhia nos últimos 12 meses é de cerca de 4,5%.

Os resultados e os proventos da Isa Cteep neste ano foram dos poucos não afetados pela pandemia.

DESTAQUE DO PREGÃO
Refinarias na mira da Ultrapar

Claudio Belli

A Ultrapar (UGPA3) confirmou na segunda-feira (14) que poderia vender sua divisão de produtos químicos, liderada pela Oxiteno. O negócio poderia movimentar R$ 5 bilhões. A Oxiteno é a única empresa da Ultrapar a operar plantas internacionais. Se confirmada, a venda poderia fornecer capital para o grupo presidido por Frederico Curado investir na compra de duas refinarias da Petrobras, a Repar, no Paraná, e a Refap, no Rio Grande do Sul. A Ultrapar entregou propostas de compra à estatal no início de dezembro e os resultados devem ser divulgados na primeira quinzena de janeiro. Segundo analistas, a aquisição faz sentido para a Ultrapar, pois lhe permitirá capturar sinergias na logística.

PETROQUÍMICA
Venda da Braskem volta à tona

A venda da participação de 38,3% que a Odebrecht possui na empresa petroquímica Braskem (BRKM5) poderá ser colocada na mesa ainda no primeiro trimestre de 2021. A venda faz parte das obrigações a ser cumpridas pela Odebrecht em seu plano de recuperação judicial. Se a venda ocorrer, a Petrobras ficaria livre para, com o novo controlador, migrar as ações da Braskem para o Novo Mercado, destravando valor e facilitando o desinvestimento por parte da estatal.