O Coeficiente de Penetração das Importações no Brasil subiu pelo segundo ano consecutivo e atingiu 18,4% no fim de 2018. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 16, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No fim de 2017, o coeficiente estava em 17,1%, pela série a preços constantes.

Este indicador mede a parcela de produtos importados de consumo aparente (soma da produção destinada ao mercado doméstico com as importações). Desde 2003, os 18,4% do fim do ano passado é o segundo maior valor para o coeficiente, atrás somente dos 18,8% de 2011.

De acordo com a CNI, os dados mostram que “a indústria brasileira perdeu participação para os competidores de outros países no mercado doméstico”. “O crescimento do Coeficiente de Penetração das Importações ocorreu a despeito do recente movimento de desvalorização da moeda brasileira. Tal comportamento pode ser explicado pela defasagem usual de resposta da quantidade importada à taxa de câmbio”, avaliou a confederação.

Já o Coeficiente de Exportação da indústria brasileira encerrou o ano de 2018 em 15,8%. O porcentual reflete a participação das exportações na produção no acumulado de 12 meses até dezembro, na série a preços constantes. No fim de 2017, estava em 15,7% e, em 2016, em 15,9%.

Para a CNI, o resultado confirma a interrupção da retomada iniciada em 2015. “As exportações se mantiveram em crescimento nos últimos dois anos, mas a sua participação na produção permaneceu relativamente estável, pois o crescimento veio acompanhado pelo aumento da demanda doméstica. Após crescer 3,7 pontos percentuais de 2014 a 2016, o Coeficiente de Exportação a preços constantes manteve-se em torno de 15,8% de 2016 a 2018”, pontuou a CNI.

A confederação informou ainda que o Coeficiente de Insumos Industriais Importados, que mede a participação dos insumos importados no total de insumos industriais utilizados pela indústria de transformação, atingiu 24,3% no fim de 2018. Em 2017, estava em 23,1%.

Já o Coeficiente de Exportações Líquidas marcou 3,3% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2018. Em 2017, estava em 4,0%. O indicador mostra a diferença entre as receitas obtidas com as exportações e as despesas com a importação de insumos industriais, ambas medidas em relação ao valor da produção.