As ações da Coca-Cola caíram 8% nesta quarta-feira (14), após a empresa divulgar previsão de crescimento de 4% em 2019. Este foi o pior dia da companhia no mercado financeiro desde outubro de 2008, informou a CNN. Em comunicado, a Coca-Cola justificou a expectativa moderada à desaceleração econômica mundial, aumento do dólar e incertezas políticas.

O CEO da empresa, James Quincey, chamou as projeções de “prudentes” em uma teleconferência com investidores para discutir os lucros do quarto trimestre e para este ano. Este ano “será mais volátil e incerto que 2018”, afirmou.  As vendas da Coca-Cola caíram 6%, para US$ 7,1 bilhões, no último trimestres de 2018, e totalizaram queda de 10%, somando US$ 31,9 bilhões, no ano.

Segundo a empresa, uma série de fatores está contaminando o mercado para os próximos meses. A Coca-Cola cita as indefinições do Brexit e como a situação entre Reino Unido e Europa pode afetar a cadeia de suprimentos. A gigante das bebidas ainda afirma que a guerra comercial entre EUA e China, e um possível resultado negativo, pode impactar diretamente a importação dos seus produtos ao país asiático.

Além das adversidades políticas e econômicas, a Coca-Cola precisa lidar com a constante fuga dos consumidores de refrigerantes. A empresa tem focado em produtos sem açúcar e com baixo teor calórico como forma de apresentar opções mais saudáveis, além de investir em outros segmentos de bebidas. No ano passado, a Coca-Cola comprou a rede britânica de cafés Costa por US$ 5 bilhões, além de anunciar o lançamento de um isotônico para competir com o Gatorade, produzido pela rival Pepsi.