Há mais de um século experimentando inúmeras matérias-primas para a sua fórmula, a Coca-Cola pode quebrar um novo paradigma na produção de refrigerante. Segundo o site canadense BNN Bloomberg, a marca está negociando com a produtora Aurora Cannabis Inc. o desenvolvimento de uma bebida com infusão de maconha.

Segundo fontes consultadas, a gigante americana está interessada  no desenvolvimento de bebidas que são infundidos com o canabidiol, comumente referido como CBD, o produto químico não-psicoativo encontrada em plantas de maconha.

Ao contrário de outras empresas, porém, principalmente de bebidas alcoólicas que desenvolvem produtos que visam reproduzir os efeitos do consumo da planta, a Coca-Cola está interessada em uma nova bebida que alivie dores, como cólicas e inflamações.

Kent Landers, porta-voz da Coca-Cola, se recusou a comentar sobre a Aurora. No entanto, ele acrescentou em um comunicado enviado por e-mail à BNN Bloomberg que “junto com muitos outros na indústria de bebidas, estamos acompanhando de perto o crescimento da CBD não-psicoativo como um ingrediente em bebidas funcionais de bem-estar em todo o mundo. O espaço está evoluindo rapidamente, mas nenhuma decisão foi tomada neste momento.”

A Aurora, em um comunicado separado, disse que não discutirá as iniciativas de desenvolvimento de negócios até que sejam finalizadas, mas acrescentou: “A Aurora expressou interesse específico no espaço da bebida infundida e pretendemos entrar nesse mercado.”

Nova estratégia

A entrada da Coca-Cola no segmento da cannabis acompanha a recente ação da empresa para expandir a variedade de produtos. No mês passado, a empresa adquiriu a maior distribuidora de café do Reino Unido, a Whitomer Plc., por US$ 5,1 bilhões.

A Coca-Cola reportou receita anual de US $ 35,4 bilhões em 2017, uma queda de 15,5% em relação ao ano anterior. A empresa busca crescimento nos mercados internacionais e novos conceitos de bebidas, como uma oferta alcoólica que só está disponível no Japão.