O cobre opera em queda nesta quarta-feira, abandonando os ganhos da madrugada, com os índices acionários da Ásia ainda sob pressão.

Por volta das 9h15 (de Brasília), o contrato para três meses, negociado na London Metal Exchange (Nymex), caía 0,58%, a US$ 7.042,00 a tonelada. Já o contrato com vencimento em março, negociado na Comex, a divisão de metais da Nymex, recuava 0,49%, a US$ 3,1735 por libra-peso.

O preço do cobre estende as perdas de ontem, quando foi influenciado pela volatilidade nos mercados de ações e de juros. Nesta quarta-feira, a Ásia teve sessão mista, com os índices futuros de Nova York apontando queda durante a madrugada, o que contribuiu para colocar os contratos de cobre no negativo.

Em geral, no entanto, o “setor de metais básicos se segurou muito bem e não tem sido muito influenciado pelo tumulto nas ações e nos juros”, afirmou Robin Bhar, chefe de pesquisa em metais no Société Generale.

Ainda que o cobre tenha enfrentado alguma pressão na terça-feira, ele caiu apenas para os níveis do fim de janeiro e não cedeu a barreira psicologicamente importante de US$ 7 mil/tonelada.

Para Bhar, o equilíbrio fundamental entre oferta e demanda do cobre, bem como a reputação das commodities de refletir com precisão o ambiente de crescimento global, garantiram a relativa calma do metal básico à volatilidade desta semana.

“O fato de os metais ficarem mais ou menos estáveis sugere que nós não estamos caminhando para uma recessão. Haverá momentos em que o cobre não diagnosticará com precisão o estado da economia global, mas esse não é um deles”, completou.

No entanto, ainda que o cobre tenha se mantido em alta nas últimas semanas, isto pode estar perto de mudar.

“Para os metais básicos, nós acreditamos que o foco deve estar na China e nos sinais de fraqueza emitidos pela sua ‘economia antiga’, conforme vemos a perspectiva de demanda enfraquecendo”, afirmou Carsten Menke, analista de pesquisa em commodities no Julius Baer.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco caía 0,14%, a US$ 3.465,50 a tonelada; o alumínio subia 0,46%, a US$ 2.180,00 a tonelada; o estanho avançava 0,46%, a US$ 21.805,00 a tonelada; o níquel ganhava 1,20%, a US$ 13.500,00 a tonelada; e o chumbo recuava 0,17%, a US$ 2.591,00. Fonte: Dow Jones Newswires.