O cobre opera em baixa nesta sexta-feira. A elevação nos estoques do metal provoca o movimento, que pode levar o contrato em Londres ao patamar mais baixo desde meados de dezembro.

Às 9h20 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 0,82%, a US$ 6.082,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME). Às 9h44, o cobre para março caía 0,94%, a US$ 3,0530 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O dólar sobe em geral ante moedas fortes, embora sem tanto impulso. De qualquer modo, o fortalecimento da divisa americana torna o metal mais caro para os detentores de outras moedas, o que contém o apetite dos investidores.

Além disso, a fraqueza do preço é fruto sobretudo do aumento nos estoques monitorados pela LME. O montante estocado nesses locais aumentou 22% até agora nesta semana, para seu patamar mais alto desde setembro de 2016, de acordo com o corretor Alastair Munro, da Marex Spectron.

Para o analista John Meyer, da SP Angel, porém, o movimento de fraqueza pode ter vida curta, já que existe o risco de problemas na produção em meio a negociações trabalhistas na América do Sul.

Os mercados acionários e de bônus sofreram forte volatilidade nesta semana, mas nas commodities o movimento foi menos acentuado. Analistas atribuem a queda do cobre na semana à fraqueza do petróleo e ao fortalecimento do dólar, não tanto a um movimento generalizado de vendas do metal.

Os analistas do Commerzbank afirmaram que há uma correção no caso do cobre, já que o metal vinha sendo pouco afetado pela fraqueza das ações pelo mundo.

Os investidores agora esperam uma queda nos volumes negociados do metal na próxima semana, antes do ano-novo lunar na China.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco caía 1,24%, a US$ 3.397 a tonelada, o alumínio recuava 1,29%, a US$ 2.141,50 a tonelada, o estanho tinha baixa de 0,54%, a US$ 21.265 a tonelada, o níquel caía 2,09%, a US$ 12.900 a tonelada, e o chumbo recuava 1,46%, a US$ 2.491 a tonelada. Fonte: Dow Jones Newswires.