Os contratos futuros do cobre fecharam em alta nesta terça-feira, em meio a sinais de avanço nas negociações entre Estados Unidos e China para a assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre os dois países.

O cobre para dezembro teve alta de 1,13%, a US$ 2,6775 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), e o cobre para três meses subiu 0,95%, a US$ 5.924,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).

O otimismo nos mercados internacionais foi apoiado hoje pela informação da agência de notícias estatal chinesa Xinhua de que o vice-premiê da China Liu He conversou por telefone nesta madrugada com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua vez, afirmou nesta tarde que as conversas com a China “estão indo muito bem”, mas que os EUA estão de olho na situação de Hong Kong. Em entrevista à Fox News, a conselheira de Trump Kellyanne Conway também disse que os americanos estão “chegando perto da fase 1” do acordo com os chineses.

Já o site Político relatou que um alto funcionário da Casa Branca confirmou que a assinatura do acordo sino-americano está próxima, devido a concessões “significativas” da China sobre propriedade intelectual.

Segundo a analista Natasha Kaneva, do J.P Morgan, o cobre deve continuar com um bom desempenho em 2020 devido a uma demanda maior. Para ela, a instabilidade na América Latina também deve apoiar o preço do metal básico, com a possibilidade de redução da oferta. O Chile, que vive uma onda de protestos, é responsável por cerca de 30% da produção mundial da commodity.

“Não só a demanda aumentará 1,4%, após não ter crescido neste ano, como a agitação social na América Latina provavelmente interromperá a atividade de mineração no continente”, avalia Kaneva.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o alumínio fechou em alta de 0,98%, a US$ 1.753 a tonelada, o chumbo subiu 0,41%, a US$ 1.943 a tonelada e o níquel ganhou 0,72%, a 14.595 a tonelada. Já o estanho recuou 0,88%, a US$ 16.325 a tonelada.