A coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que começou a fase final de sua operação militar contra o grupo do Estado Islâmico (EI) no leste da Síria.

A ofensiva terrestre, chamada de “Operação Roundup”, é conduzida pelas Forças Democráticas da Síria (SDF) com poderoso apoio aéreo e de artilharia da coalizão liderada pelos Estados Unidos no nordeste da Síria.

A operação “transferirá os remanescentes do EI do nordeste da Síria ao longo do vale do rio Eufrates Médio até a fronteira entre a Síria e o Iraque”, afirmou a coalizão em um comunicado.

A operação “Roundup” começou em 1º de maio e sua fase final foi lançada na segunda-feira, disseram autoridades.

As SDS, formadas principalmente por combatentes curdos, tem sido a força terrestre mais importante para a coalizão para expulsar o EI de vastas partes da Síria.

Na segunda-feira, um comandante das FDS disse à AFP que 15 militantes do EI morreram em um novo ataque.

O EI ainda controla parte da província de Deir Ezzor e parte do território no sul da Síria, embora as autoridades americanas digam que o grupo perdeu o controle de mais de 98% das terras dominadas.

A coalizão disse que não deixará a Síria até que o EI tenha desistido do controle de seus últimos territórios.

“Para frente, continuaremos a coordenação com as FDS e outros aliados para promover a segurança regional e a estabilidade que assegurará a derrota definitiva do EI”, disse o general Patrick Roberson, que comanda a força conjunta de Operações Especiais da coalizão.

A coalizão não desiste, inclusive, de encontrar nesta área o líder do grupo extremista, o autoproclamado “califa” Abu Bakr al-Baghdadi.

Questionado a respeito pela imprensa, o secretário de Defesa, Jim Mattis, preferiu ser prudente. “Não me surpreenderia que alguns dos dirigentes do EI estejam ali”, disse. “Mas, por enquanto, não quero dar detalhes a respeito”.