A CNN anunciou que seu serviço de streaming, o CNN+, será oficialmente encerrado em 30 de abril. Foi ainda comunicado que os assinantes atuais vão ser reembolsados.

“Num mercado de streaming complexo, os consumidores querem simplicidade e um serviço completo que proporcione uma melhor experiência e acrescente mais valor do que ofertas isoladas”, justificou o responsável pelo streaming da Discovery, J.B. Perrette, em comunicado.

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Condenado desde o início?

Disponível no mercado norte-americano desde o dia 29 de março, ao custo de 5,90 dólares mensais (ou 59,99 dólares anuais). Em apenas 15 dias no mercado as notícias davam conta de que havia menos de 10 mil pessoas a utilizá-la diariamente.

O portal Protocol informou que ao fim de um mês o serviço chegaria a 150 mil assinantes e que os executivos da CNN traçaram um plano inicial que passaria a angariar 2 milhões de assinantes só no primeiro ano. Por isso, se o negócio estava ou não correndo bem é algo aberto à discussão.

No entanto, o seu lançamento coincidiu com a fusão das empresas Discovery e WarnerMedia (agora um gigante do entretenimento chamado Warner Bros. Discovery). E rapidamente ficou claro que a liderança da Discovery não tinha interesse num serviço de assinantes de notícias independente. Tanto que a Discovery congelou as despesas de marketing para promover o serviço e colocaram o diretor financeiro da CNN em suspensão temporária.

O Protocol revelou que os trabalhadores da CNN+ vão continuar a serem pagos e a receber os benefícios durante 90 dias enquanto lhes é dada a oportunidade de se candidatarem a outros cargos na CNN e na Warner Bros. Já o Diretor Digital da CNN e o principal arquiteto da CNN+, Andrew Morse, vai deixar a empresa.