A crise econômica fez 226,5 mil lojas fecharem as portas em todo o País, segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

No ano passado, o saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais ainda ficou negativo em 19,3 mil unidades. Em 2016, já tinham sido fechadas 105,3 mil lojas. Em 2015, outros 101,9 mil estabelecimentos encerraram as atividades.

Para 2018, a previsão é de alguma recuperação, embora ainda longe de reverter as perdas passadas. A CNC espera uma abertura líquida de 20,7 mil novos estabelecimentos comerciais até o fim deste ano.

“A defasagem entre o comportamento das vendas e os investimentos em novos estabelecimentos comerciais não permitiu que o setor fechasse o ano no azul do ponto de vista do aumento do número de lojas”, justificou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação, em nota oficial.

Segundo a entidade, o crescimento de 4,0% no volume de vendas em 2017 e a volta das contratações no setor indicam um início de recuperação do comércio. No ano passado, 26,5 mil vagas formais foram criadas no setor, após 175,2 mil despensas em 2015 e outros 176,0 mil demitidos em 2016.

Em 2017, nas 26 unidades da Federação onde foram registrados fechamentos líquidos de lojas no ano passado, os saldos foram menos negativos do que em 2016. Apenas em Santa Catarina – estado a computar o maior aumento de vendas no ano passado (+14,6%) -, houve registro de expansão no número de lojas (+207) em 2017.

O destaque negativo foi o Rio de Janeiro, responsável por 9% das vendas do varejo nacional e 33% dos fechamentos. São Paulo, estado que concentra 29% do faturamento do varejo nacional, perdeu 4.653 lojas em todo o ano passado (24% do total nacional).

A CNC projeta um crescimento de 5,1% no volume de vendas do varejo em 2018.