A indústria chilena de papel e celulose CMPC, uma das maiores da América Latina, avança na agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, em português). Tendo com propósito os 3C’s – criar, conviver e conservar –, a empresa está colocando em prática o projeto BioCMPC, que envolve a implementação de 31 ações que irão demandar um investimento na casa dos R$ 2,75 bilhões, além de influenciar positivamente a sociedade.

A iniciativa da CMPC abrange a implantação e ampliação das medidas de controle e gestão ambiental, além de ações de modernização operacional. Das 31 iniciativas, nove serão voltadas para a implantação de novos equipamentos de controles ambientais e o repotenciamento de sistemas já existentes, oito voltadas para a gestão ambiental e 14 com foco na performance da operação.

De acordo com o diretor-geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger, a intenção é elevar a planta industrial da companhia em Guaíba (RS) para o status de uma das unidades mais sustentáveis do Brasil. “Levando em conta aspectos como gestão de resíduos, tratamento de efluentes, emissões atmosféricas, sistemas de tratamento de gases e gestão ambiental, além de contribuir com o desenvolvimento local neste momento de retração econômica”, complementa.

Além dos ganhos em eficiência e nos indicadores de meio ambiente, a sociedade também segue no foco do projeto. Segundo a companhia, a projeção é que o BioCMPC seja responsável pela geração de 7.500 postos de trabalho em Guaíba durante a sua implementação. Os primeiros passos do projeto já foram dados em setembro do ano passado, com o início das obras antecipadas e a construção de novos equipamentos.

“Antigamente, a sociedade esperava que as empresas trabalhassem para reduzir suas interferências. Hoje em dia, isso é apenas o ponto de partida. No século XXXI, espera-se que as empresas não gerem problemas e ainda ajudem a sociedade a superar seus próprios desafios”, enfatiza o diretor geral da CMPC.

Metas alinhadas

O caminho sustentável que está sendo trilhado pela CMPC no Brasil está alinhado com as premissas de sua matriz chilena, que desde 2019 se comprometeu com o alcance de metas de sustentabilidade. Até 2025, a empresa deve diminuir em 25% o uso de água nos processos industriais, reduzir a emissão de gases causadores de efeito estufa até 2030 e acrescentar 100 mil hectares de área de conservação.

De acordo com o diretor da CMPC no Brasil, a planta industrial da companhia em Guaíba está a um passo de se tornar zero resíduo. “Atualmente, os resíduos gerados na unidade são levados para o Hub CMPC de Economia Circular, um espaço de 99 hectares em Eldorado do Sul, que recicla 99,8% dos resíduos sólidos, transformados em insumo para 13 novos produtos”.

De mãos dadas com a sociedade

Segundo Harger, a visão de futuro da CMPC tem como norte a construção de uma sociedade na qual todos estão comprometidos com o bem-estar e a evolução da comunidade como um todo. “A visão de negócios caminha de mãos dadas com a preocupação em gerar desenvolvimento social na comunidade em que está inserida e com processos limpos, com a utilização de energia limpa, renovável, além de não deixar resíduos ou interferências no meio ambiente”, acrescenta.

Para Harger, o poder para construir um presente melhor está na mão de todos, no dia a dia, por meio de práticas conscientes. “Afinal, juntos construímos uma sociedade, juntos transformamos nossa comunidade e nosso planeta”.