O clube Shakhtar Donetsk está cobrando da Fifa uma indenização de 50 milhões de euros, equivalente a R$ 272 milhões, devido a prejuízos após a entidade criar uma regra que libera os jogadores de contratos em meio a guerra na Ucrânia.

Pela regra anunciada mês passado, os jogadores e treinadores estrangeiros ganham o direito de suspender seus contratos de trabalho com times ucranianos até 30 de junho de 2023, a não ser que um acordo mútuo seja firmado entre atleta ou técnico e o clube. As informações são da Agência Estado.

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) foi acionada pelo clube ucraniano para tentar anular a regra criada pela Fifa. O time ainda pede que a entidade máxima do futebol mundial cobre todos os custos relacionados aos processos jurídicos na CAS.

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O Shakhtar tem 14 jogadores estrangeiros e a maioria é brasileiros. Nos últimos meses, 17 atletas deixaram o clube. Alguns voltaram ao Brasil, como Júnior Moraes e Maycon, que foram para o Corinthians, e Pedrinho, para o Atlético Mineiro.

“Somos um clube que gastou 58 milhões (de euros) em contratações de jogadores que não valem nada agora. O clube não tem forma de proteger os seus ativos, o seu valor colapsou devido à guerra”, disse o técnico do time, Igor Jovicevic.

“Por causa da decisão da Fifa, o FC Shakhtar perdeu a oportunidade de transferir quatro jogadores estrangeiros por um valor total de 50 milhões de euros”, disse o CEO do Shakhtar, Sergei Palkin, em mensagem direta ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, segundo o portal The Athletic.