A pandemia do coronavírus trouxe dor de cabeça em dobro para consumidores e operadoras de telefonia. É o que mostra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no consolidado de reclamações do primeiro semestre deste ano que chegaram a 1,52 milhão de queixas.

O aumento foi de 6,6% na comparação com o período de julho a dezembro de 2019 e o principal apontamento feito pela Agência foram os problemas com a qualidade da banda larga fixa. Cerca de 394 mil reclamações estavam direcionadas ao serviço, aumento de 40% em relação ao segundo semestre do ano passado.

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Estranho, no entanto, é que se for realizada uma comparação com o volume de reclamações feitas à qualidade da banda larga no primeiro semestre do ano passado com agora, a queda foi de 2%.

Segundo o Infomoney, a Claro foi a operadora que mais recebeu queixas, com 131,9 mil neste primeiro semestre, alta de 90,7% na comparação com o segundo semestre do ano passado e quase 99% no comparativo com o primeiro semestre de 2019.

A Vivo é a segunda empresa mais criticada, com 90 mil queixas este ano, ante 77 mil do primeiro semestre de 2019, seguida pela Oi com 72 mil queixas e a TIM com 38 mil. As duas últimas operadoras tiveram queda no volume de reclamações, com -3,82% e -20,23%, respectivamente.

Palavra da empresa

“Sobre o balanço de reclamações do 1º semestre divulgado pela Anatel, a Claro esclarece que não é possível fazer comparações precisas com o mesmo período no ano passado diante do cenário atual de pandemia, que gerou uma migração brusca de tráfego de dados dos escritórios para as residências, movida principalmente pela adoção do trabalho e educação remotos, além do fenômeno das lives. A Claro, com a maior base de clientes de Banda Larga do país, enfrentou o desafio com agilidade e investiu na adequação da rede, garantindo o atendimento para que todos se mantivessem conectados neste período. Por fim, justamente por ser líder, com 30% do mercado, a Claro reforça que não se pode considerar números absolutos para fins comparativos.”