A CI&T, empresa brasileira de transformação digital, fechou a compra da Dextra, de criação de produtos digitais, por valor não revelado. De acordo com a CI&T, a aquisição vai ajudar em seu plano de expandir a oferta de produtos em todo o mundo.

A Dextra cria produtos digitais “de ponta a ponta”, ou seja, vai do desenho das soluções até a execução do software e a aplicação em larga escala. Segundo a CI&T, esse modelo de negócio complementa as ofertas atuais da empresa, que ajuda grandes marcas a transformarem suas operações com a adoção de ferramentas digitais.

Entre os serviços da Dextra, além do desenho, estão a criação de times multidisciplinares dentro das empresas para o desenvolvimento de soluções tanto para clientes quanto para uso interno, o que inclui aplicações para smartphones. A empresa tem ainda uma unidade que aplica técnicas de ciência de dados ao negócio dos clientes, e auxilia o crescimento de produtos digitais dessas companhias.

Foi a Dextra quem ajudou, por exemplo, o Banco Pan a habilitar o uso do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, em seu aplicativo. Outro cliente foi a plataforma de recrutamento pela internet Catho, que em 2018, reconstruiu seu app para Android com a consultoria da empresa.

A CI&T já fez trabalhos parecidos para o Carrefour Brasil, que contratou a empresa e a Vtex para a reconstrução do e-commerce do grupo, em 2019. Nestlé Brasil, Ânima, Raízen e Vivo também estão entre os casos de transformação digital dos quais a companhia participou.

Com a aquisição, os 1.200 profissionais da Dextra, em diferentes áreas da tecnologia, vão se juntar aos 4.000 funcionários da CI&T em todo o mundo. Além disso, a Dextra traz à carteira de clientes empresas como Alelo, Solvay, Serasa Experian e McDonald’s.

“Nossa história de sucesso com a Dextra será exponencial e global, e estamos muito felizes em co-desenhar nosso próximo capítulo com a CI&T”, afirmou o fundador e CEO da Dextra, Eduardo Coppo. “A demanda do mercado é muito alta e juntos nossa oferta é ainda mais forte”, complementou Cesar Gon, fundador e CEO da CI&T.

As duas companhias preveem que os negócios se acelerarão ainda mais nos próximos meses, graças ao impulso que a pandemia trouxe para a transformação digital das empresas. A fusão ainda está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias.