As forças curdas anunciaram, nesta sexta-feira (11), a fuga de cinco extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) de uma prisão perto da cidade de Qamichli, no nordeste da Síria, após ataques aéreos turcos contra seus arredores.

Desde quarta-feira (9), a Turquia conduz, com o apoio de rebeldes sírios, uma ofensiva terrestre e aérea contra as forças curdas no noroeste da Síria. Os curdos estabeleceram uma zona autônoma nesta região.

Os cinco membros do EI detidos pelas forças curdas, que lutam contra uma ofensiva turca desde quarta-feira, escaparam da prisão de Navkur, nos arredores de Qamichli, uma cidade predominantemente curda, disse uma autoridade das Forças Democráticas Sírias (FDS).

Um agente penitenciário disse à AFP que o local abrigava “combatentes estrangeiros” do EI.

Enquanto isso, outro oficial das FDS relatou bombardeios “recorrentes” perto da prisão de Jirkin, nas proximidades de Navkur, onde também há extremistas do EI presos.

A ofensiva turca foi condenada por vários países ocidentais, que temem a incerteza sobre o destino de milhares de jihadistas prisioneiros das FDS.

Cerca de 12.000 combatentes do EI – entre sírios, iraquianos e de 2.500 a 3.000 estrangeiros de 54 países – estão detidos nas prisões curdas, segundo uma autoridade curda, Abdel Karim Omar.

Estas autoridades administram um total de sete prisões de segurança máxima, de acordo com uma fonte curda. Também detêm milhares de familiares em campos no nordeste da Síria, incluindo Al-Hol, onde houve um tumulto nesta sexta-feira.

Considerando que “o combate contra o Daesh (acrônimo do EI em árabe) corre o risco de ser retomado”, o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, pediu ontem uma “reunião de emergência” da coalizão antijihadista internacional liderada por Washington.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual a Turquia faz parte, convocou seus membros a “permanecerem juntos contra (seu) inimigo comum”, o EI.