Infectados pelo coronavírus que fumam cigarros eletrônicos são mais propensos a ter sintomas da Covid-19, afirma uma pesquisa da Mayo Clinic, dos Estados Unidos, publicada no Journal of Primary Care & Community Health.

O estudo comparou 280 indivíduos infectados e fumantes com outras 1.445 pessoas da mesma idade e gênero que também contraíram o vírus, mas não usam o cigarro eletrônico.

+ Itália e França eliminam máscara; Alemanha se aproxima do recorde de casos de covid
+ Não é só Covid: perda de olfato pode ser gerada por outras doenças

A conclusão é que o produto potencializa os sintomas da Covid-19 como dores de cabeça, musculares e no peito, vômito, diarreia e perda de olfato e paladar.

Segundo os autores, a Covid-19 inflama o tecido pulmonar e as vias aéreas, o que também ocorre com a inalação da fumaça de um vaper. Combinados, as inflamações se acumulam e provocam mais sintomas.

Médicos ainda alertam a outros malefícios causados pelo tabagismo, como arritmias, infarto, derrame, câncer, entre outros, além dos perigos de compartilhar o cigarro eletrônico durante a pandemia.

“Muitos estudos mostraram que o cigarro eletrônico pode estar associado a inflamação nos pulmões e também pode causar lesão pulmonar grave, causando uma condição chamada lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico (vaper). Noss estudo indica claramente que a carga de sintomas em pacientes com Covid-19 é maior entre os que utilizam o cigarro eletrônico”, afirma Robert Vassalo, pneumologista da Mayo Clinic e coautor do estudo.