Um estudo na China descobriu que o coronavírus já sofreu 30 mutações desde que foi descoberto no final de dezembro. Como resultado disso, as variações tornam ainda mais difíceis a eficácia de futuras vacinas na população e os governos terão de adequar estratégias com base no tipo de vírus que infectou a população local.

Segundo o Jerusalem Post, o estudo foi realizado pela dona de pelo menos 8 prêmios de ciência Li Lanjuan, que é professora na Universidade de Zhejiang, em Hangzhou, na China, e publicado no domingo (19) em um site de medicina.

A equipe analisou as cepas de 11 pacientes escolhidos aleatoriamente, em Hangzhou, onde mais de 1,2 mil pessoas foram infectadas pelo vírus, e depois testou com que eficiência eles poderiam infectar e matar células.

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Mais de 30 mutações diferentes foram detectadas, sendo 19 mutações desconhecidas pelos médicos. Algumas dessas mutações podem levar a alterações funcionais na proteína de pico do vírus, que faz a ligação entre o coronavírus e as células humanas.

Um dos pontos analisados é a de que as cepas mudam conforme a região no mundo, com a dos Estados Unidos se aproximando mais com as encontradas na Europa, por exemplo.

Isso faz com que a forma de combate a Covid-19 precise, necessariamente, de adaptações, onde nem sempre um bom resultado obtido com remédios em uma região pode se confirmar em outra ponta do mundo.

“O desenvolvimento de medicamentos e vacinas, embora urgente, precisa levar em consideração o impacto dessas mutações acumuladas para evitar possíveis armadilhas”, disseram os cientistas.