A semana passada foi marcante para a ciência. Em todo o mundo, milhares de cientistas realizaram protestos contra o obscurantismo, como parte de um movimento chamado de Marcha pela Ciência. Apoiada por organizações como o Instituto Carnegie e a Universidade de Nova York, a iniciativa visa fomentar o investimento em pesquisas e a divulgação aberta dos trabalhos. DIN1016-sustenta2Segundo seus organizadores, esses são alguns dos pilares da liberdade e da prosperidade humanas.

“Marchamos para lembrar às pessoas e, especialmente, aos congressistas do verdadeiro significado da ciência para nosso desenvolvimento”, afirmou Bill Nye, cientista e apresentador de TV, que se tornou uma espécie de embaixador do movimento. Ao todo, foram mais de 600 marchas. Em São Paulo, cerca de 300 pessoas participaram de uma mobilização no bairro de Pinheiros.

Em Chicago (EUA), mais de 40 mil pessoas participaram. Um grupo de biólogos marinhos, inclusive, organizou um mergulho de protesto no Oceano Pacífico. A reação dos cientistas se deve, em grande parte, a movimentos como o Brexit e a eleição de Donald Trump, que vieram acompanhados de negações quanto ao aquecimento global e ao valor da ciência.

(Nota publicada na Edição 1016 da Revista Dinheiro)