Uma dose de reforço da vacina da Pfizer a quem tomou as primeiras aplicações da Coronavac alcança eficácia de 92,7% contra infecções e 97,3% contra casos graves, que envolvem hospitalizações e mortes. É o que afirma uma pesquisa elaborada por cientistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Universidade de Brasília (UNB) e da Universidade de Glasgow que envolveu 14 milhões de pessoas publicada na revista científica Nature Medicine.

A maior proteção da dose de reforço contra a Covid-19 ocorreu em um período no qual foi aplicada até 30 dias após a segunda injeção do imunizante.

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A eficiência da Coronavac caiu para 34,7% contra infecções e 72,5% contra quadros graves depois de seis meses após a segunda dose. A pesquisa indica que indivíduos a partir de 80 anos tiveram menor proteção após a segunda dose, mas, com um reforço da Pfizer, chegaram a níveis seguros de proteção.

O estudo avaliou, entre 18 de janeiro e 11 novembro de 2021, dados de milhões de pessoas que passaram por testes rápidos de Covid-19 e foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

A conclusão coincide com outros estudos que afirmam que o reforço da vacina com marca diferente da qual completou o ciclo vacinal (primeira e segunda doses) gera uma proteção mais efetiva.

Por outro lado, pesquisadores da Universidade de Yale publicaram, em dezembro de 2021, um estudo em que afirma que duas doses de Coronavac seguida pelo reforço da Pfizer apresentam resposta imune menor contra a variante Ômicron do que comparado às outras cepas anteriores, como alfa, beta, gama e delta.