As fortes chuvas registradas na Bolívia desde o início de janeiro deixaram 20 mortos e 12 desaparecidos até a data, segundo um relatório oficial divulgado nesta quarta-feira (13).

As autoridades estenderam o alerta pelo temporal aos nove departamentos do país.

O relato oficial anterior, divulgado há uma semana, mencionava a cifra de 18 mortos e sete desaparecidos.

Enquanto isso, o titular da estatal Administradora Boliviana de Estradas (ABC, em espanhol), Luis Sánchez-Gómez, reportou que 80% das rodovias têm “problemas de chuvas, mas a grande parte está transitável para transporte leve”.

A ABC elaborou um orçamento de 21 milhões de dólares para atender a emergência provocada pelas cheias, dos quais até agora atribuídos pouco mais da metade.

O incidente mais grave foi registrado no início do mês na estrada que liga La Paz ao povoado de Caranavi (norte), porta de entrada à Amazônia, onde foram registrados 17 mortos e 10 desaparecidos pelos dois deslizamentos de terra consecutivos sobre a via.

Carlos Romero, ministro de Governo (Interior), informou que na terça-feira “foi encontrado um corpo de um menor de idade que ainda não foi identificado” no local dos deslizamentos.

Além disso, na mesma rota La Paz-Caranavi foram registrados nas últimas horas novos deslizamentos de terra que motivaram a suspensão do trânsito de passageiros e de carga, informou separadamente a ABC.

Segundo as autoridades, o número de famílias danificadas subiu de 4.436 para 5.243 e a quantidade de plantações perdidas, de 12.246 para 15.797 hectares, embora ainda não tenham sentido os efeitos adversos nos mercados de abastecimento de alimentos.

A temporada de chuvas na Bolívia começa em novembro e dura até março do ano seguinte. O período de aguaceiros 2017-2018 fechou com um balanço de 17 falecidos, além de 14.800 famílias afetadas.