O governo chinês pediu ao gigante do comércio online Alibaba que venda seus ativos no setor de mídia, preocupado com a influência exercida pelo grupo fundado por Jack Ma, disse o Wall Street Journal (WSJ) nesta segunda-feira (15).

O bilionário, que se aposentou oficialmente do Alibaba em 2019, mas continua sendo um grande acionista, está na mira das autoridades de seu país há vários meses.

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Os reguladores chineses suspenderam de última hora em novembro um colossal IPO de US$34 bilhões do Ant Group, uma subsidiária do Alibaba para pagamentos online. E, um mês depois, os reguladores abriram uma investigação sobre as práticas de negócios da empresa, consideradas monopolistas.

Agora, as autoridades estão pedindo ao Alibaba que reduza drasticamente sua participação na mídia, de acordo com o jornal americano, que não cita fontes.

Nãoo foi especificado se o Alibaba deveria se retirar totalmente da mídia ou abrir mão de parte de suas ações.

O Alibaba também corre o risco de receber a maior multa da história chinesa por suas práticas monopolísticas, o WSJ adiantou na sexta-feira.

Isso pode ultrapassar os 975 milhões de dólares pagos em 2015 pela fabricante americana de microchips Qualcomm, a maior multa anti monopólio já imposta por Pequim.

De acordo com o jornal, as autoridades acusam o Alibaba de forçar a concessão de exclusividade aos empresários que vendem em seus sites online e de abster-se de comercializar produtos ou serviços em outras plataformas semelhantes.