PEQUIM/XANGAI (Reuters) – A China reduziu pela metade nesta terça-feira o tempo de quarentena para viajantes que entram no país, em uma grande flexibilização das restrições da Covid-19 que dissuadiram as viagens e resultaram em voos internacionais funcionando em apenas 2% dos níveis pré-pandemia.

A quarentena em instalações centralizadas foi reduzida de 14 para sete dias, e o monitoramento subsequente da saúde em casa foi reduzido de sete para três dias, disse a Comissão Nacional de Saúde.

A adesão da China a medidas rigorosas contra a Covid, mesmo quando o restante do mundo tenta viver com o vírus, afetou sua economia, frustrou negócios e enfureceu muitos dos milhões de pessoas confinadas sob lockdowns rígidos em cidades como Xangai.

Nos últimos meses, a China diminuiu cautelosamente as restrições aos viajantes transfronteiriços, com autoridades de saúde dizendo que o período de incubação mais curto da variante Ômicron permite um ajuste do tempo de quarentena.

E, mais cedo neste mês, o regulador de aviação da China disse que entrou em contato com alguns países para aumentar constantemente o número de voos no segundo semestre de 2022.

As novas regras de quarentena foram bem recebidas por grupos empresariais norte-americanos, britânicos e europeus na China.

“Esperamos que funcione para aumentar as trocas de negócios e conter a saída de talentos internacionais, alguns dos quais estão chegando a três anos de separação de familiares e amigos no exterior”, disse a Câmara de Comércio Britânica na China à Reuters.

Embora tenha saudado a mudança, a Câmara de Comércio Europeia na China alertou que ainda não se sabe se todas as autoridades locais seguirão as novas regras mais relaxadas.

(Reportagem de Ryan Woo, Roxanne Liu, Kevin Huang, Martin Quin Pollard, Stella Qiu e Jason Xue)

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