Por Ryan Woo e Tony Munroe

PEQUIM (Reuters) – A China aliviou nesta sexta-feira algumas de suas rígidas regras contra a Covid-19, incluindo a redução de quarentenas em dois dias para contatos próximos de pessoas infectadas e para viajantes que chegam, e a retirada de uma penalidade para companhias aéreas por levarem casos ao país.

O afrouxamento das restrições, um dia depois que o presidente Xi Jinping liderou seu novo Comitê Permanente do Politburo em uma reunião sobre a Covid, animou os mercados, mesmo com muitos especialistas alertando que as medidas são graduais e a reabertura provavelmente ainda está longe.

Sob as novas regras, os tempos de quarentena centralizada para contatos próximos e viajantes do exterior foram reduzidos de sete para cinco dias. A exigência de mais três dias em isolamento domiciliar após a quarentena permanece.

A China também vai parar de tentar identificar contatos “secundários” – um grande aborrecimento para moradores de cidades que são apanhados em amplos esforços de rastreamento de contatos quando um caso é encontrado – enquanto ainda identifica contatos próximos.

“Otimizar e ajustar as medidas de prevenção e controle não é relaxar a prevenção e o controle, muito menos abrir, mas se adaptar à nova situação de prevenção e controle de epidemias e às novas características da mutação da Covid-19”, disse a Comissão Nacional de Saúde (NHC).

A flexibilização ocorre mesmo com o aumento do número de casos na China desde abril, com Pequim e a cidade central de Zhengzhou registrando recordes, e várias cidades ampliando lockdowns localizados e outras medidas, inclusive na metrópole de Guangzhou, no sul.

Mas Bruce Pang, economista-chefe da Jones Lang Lasalle, disse que algumas interpretações das novas regras e o que elas podem significar para as perspectivas de uma abertura total são “muito otimistas”.

“A política da Covid só será ajustada no curto prazo”, disse ele.

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