Por Dominique Patton

(Reuters) – A China publicou um esboço de regras para a aprovação de plantas geneticamente editadas, abrindo caminho para melhorias mais rápidas nas plantações, à medida que o país busca reforçar sua segurança alimentar.

A edição de genes – ou alterar os genes de uma planta para mudar ou melhorar seu desempenho – é vista por alguns cientistas como menos arriscada do que modificá-los geneticamente, o que envolve a transferência de um gene estranho.

As novas diretrizes, publicadas pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais na noite de segunda-feira, vêm em meio a uma série de medidas destinadas a reformar a indústria de sementes da China, vista como um elo fraco nos esforços para garantir que o país consiga alimentar a maior população do mundo.

Pequim também aprovou recentemente novos regulamentações que estabelecem um caminho claro para a aprovação de culturas geneticamente modificadas (GM).

“Dado o forte investimento do governo chinês na edição de genoma, esperamos o lançamento de uma política relativamente aberta nos próximos anos”, escreveu o Rabobank em um relatório de dezembro.

Institutos de pesquisa da China já publicaram mais pesquisas sobre culturas editadas por genes orientadas para o mercado do que qualquer outro país, acrescentou.

A precisão da tecnologia a torna mais rápida do que a reprodução convencional ou a modificação genética e também reduz o custo.

“Isso realmente abre as portas para o melhoramento de plantas. É uma oportunidade infinita para melhorar as colheitas com mais precisão e muito mais eficiência”, disse Han Gengchen, presidente da empresa de sementes Origin Agritech.

As regras preliminares estipulam que, uma vez que as plantas geneticamente editadas tenham concluído os testes-piloto, um certificado de produção poderá ser solicitado, pulando os longos testes de campo necessários para a aprovação de uma planta GM.

Isso significa que pode levar apenas um ano ou dois para se obter a aprovação de uma planta geneticamente editada, disse Han, em comparação com cerca de seis anos para plantas geneticamente modificadas.

Não está claro quantas empresas ou institutos estão prontos para solicitar a aprovação de produtos editados.

(Reportagem de Dominique Patton)

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