Criadores de duas províncias da China vão receber uma recompensa financeira se abandonarem a criação de animais selvagens destinados à alimentação, prática pela qual o país tem sido muito criticado em meio à pandemia de COVID-19.

Segundo a maioria dos cientistas, a pandemia se originou na transmissão de um vírus do animal ao homem. Um mercado da cidade chinesa de Wuhan (centro), inicialmente o epicentro da doença, foi incriminado já que lá se vendiam animais selvagens.

+ Tensão entre EUA e China aumenta à medida que o mundo busca cura para COVID-19
+ Trump acusa a OMS de ser ‘uma marionete da China’

A China já havia proibido formalmente no final de fevereiro o consumo e comércio ilegais de animais selvagens.

Na sexta-feira, a província central de Hunan (centro) apresentou as normas de um programa para acompanhar a transferência de criadores de animais selvagens para outras atividades, como o gado clássico, o cultivo de frutas e verduras, de chá ou de plantas medicinais.

O plano prevê uma indenização financeira de acordo com o peso dos animais, que serão comprados a um preço definido.

Por exemplo, o preço da cobra foi fixado a 120 yuanes o quilo (15 euros, USD 16,5), e o do rato de bambu a 75 yuanes o quilo (9,6 euros, USD 10,5), segundo as normas das autoridades citadas pela imprensa oficial.

A província vizinha de Jiangxi (centro) anunciou a criação de um fundo de apoio para colocar um fim na criação de animais selvagens destinados à alimentação.

Segundo a associação americana Humane Society International (HSI) que trabalha a favor da proteção de animais, o comércio de animais selvagens é estimado na China em 520 bilhões de yuanes (EUR 67.000, USD 73 bilhões)