A China está perto de ter o seu próprio sistema de geolocalização online. Com todo os satélites do sistema Beidou-3 em órbita – o último foi lançado na terça-feira (23) –, a principal economia do planeta agora trabalha para finalizar um sistema próprio de navegação, o BDS.

Segundo a BBC, a ideia dos chineses é se livrar do uso do Sistema de Posicionamento Global, o GPS, administrado pelo governo dos Estados Unidos e usado em todos os países. A aposta do governo chinês é superar, com 35 satélites e um investimento de US$ 10 bilhões, a cobertura de navegação do GPS.

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A Rússia possui o seu próprio sistema, o GLONASS e a União Europeia também utiliza outro software, o Galileo. O Beidou é tido como um passo importante na busca pela autonomia de monitoramento porque dará acesso a informações de geolocalização para atividades militares e civis.

O Sistema de Navegação por Satélite Beidou, ou BDS, é integrado por satélites lançados ao espaço nos últimos 20 anos: a Beidou-1 tem três satélites operando desde 2000; a Beidou-2, em atividade desde 2011, contou com mais 10 satélites para cobrir a região Ásia-Pacífico; a Beidou-3 lançou mais 22 satélites a partir de 2015 e já neste no deve superar o GPS em diversos pontos.

São 35 satélites com o BDS, enquanto o sistema GPS conta com 32, o GLONASS 26 e o Galileo com os mesmo 26. Pequim assegura que o seu sistema possui precisão de 10 centímetros, enquanto o GPS executa precisão de 30 centímetros.

Os celulares da Huawei e da OnePlus já contam com o sistema BDS.