A China aumentará para 25% as taxas de importação de centenas de produtos dos Estados Unidos, somando mais de US$ 60 bilhões, informou Pequim nesta segunda-feira (12). A medida é uma retaliação a decisão norte-americana de também elevar para 25% as tarifas de compras de produtos chineses, com resultado de US$ 200 bilhões em produtos, oficializada na última sexta-feira (10).

Um contra-ataque do Ministério das Finanças chinês já era aguardado desde o fim da última semana, enquanto representantes dos dois países seguem as negociações para dar fim a guerra comercial.

O presidente Donald Trump anunciou no último dia 5 o início das novas taxas após meses de negociações aparentemente frustradas de ambos os lados. Segundo as autoridades dos EUA, o governo chinês voltou atrás e revisou diversos itens de um esboço de acordo para dar fim às tensões. De acordo com a Reuters, esse recuo de Pequim foi determinante para os norte-americanos oficializarem as novas taxações.

Trump voltou ao Twitter na manhã desta segunda para ameaçar a China e afirmar que o país não deve adotar medidas contra os produtos dos EUA.

“Não há motivo para o consumidor dos EUA pagar as tarifas, que entram em vigor sobre a China hoje. A China não deveria retaliar – só vai piorar”, afirmou.

Ele também mandou um recado direto para o presidente Chinês, Xi Jinping, afirmando que o país será afetado caso leve as ações de retaliação adiante.

“Eu digo abertamente ao presidente Xi e a todos os meus muitos amigos na China que a China será afetada com força se vocês não fizerem um acordo, porque as empresas serão forçadas a deixar a China e ir para outros países. Caro demais comprar na China. Vocês tinham um ótimo acordo, quase finalizado, e voltaram atrás”.