02/02/2011 - 21:00
Os chineses acabam de ultrapassar os Estados Unidos na corrida pela geração de energia eólica. Os projetos existentes no país asiático somam 41,8 gigawatts (GW), ante os 36,3 gigawatts disponíveis nos EUA. Apenas em 2010, foram adicionados 15,8 GW produzidos pelos ventos à matriz energética chinesa, capacidade semelhante ao da Usina de Itaipu, no Brasil, a segunda maior do mundo. Pelas contas do climatologista Michael McElroy, da Universidade Harvard, nos EUA, esse insumo pode suprir toda a demanda de energia da China, caso sejam investidos US$ 4,6 trilhões no setor, valor equivalente a 76% do Produto Interno Bruto do país. Outras curiosidades sobre o programa chinês de energia limpa:
– 26,5% da energia consumida no país já é gerada por fontes não fósseis: hidrelétricas (22,2%), eólica (3,2%) e nuclear (1,1%)
– US$ 30 bilhões é quanto está sendo aplicado no parque eólico de Gansu, candidato a se transformar no maior do mundo, com produção de 20 GW
Moda
Vestida para purificar
Na corrida para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa, algumas propostas surpreendem pela ousadia. Esse parece ser o caso do vestido Herself (foto). Segundo seus criadores, ele seria capaz de sugar parte do dióxido de nitrogênio e do monóxido de carbono presentes na atmosfera. Graças à finíssima camada de concreto (isso mesmo!) aplicada sobre a peça. O vestido é assinado pela Catalytic Chothing – entidade que reúne integrantes das universidades britânicas de Sheffield e de Ulster, além do London College of Fashion. O objetivo desse consórcio é ampliar o grau de sustentabilidade do segmento de moda naquele país.
Inovação
Sensor para cegos
Três alunos do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso desenvolveram um equipamento cuja ambição é melhorar a vida dos deficientes visuais. Trata-se de um Sensor Ultrassônico (foto) capaz de emitir sinais indicando a presença de obstáculos. Ainda não há previsão de quando o equipamento, projetado por Edivaldo Gonçalves, Evilázio Lopes Junior e Jonathan Rodrigues, começará a ser feito em escala industrial.
Consumo
Ecologia conta pontos
Os brasileiros se mostram mais dispostos a recompensar as atitudes positivas das empresas do que punir as negativas. Essa é uma das conclusões da pesquisa Futuro Sustentável 2010, realizada em nove países pela consultoria franco-espanhola Havas. O estudo mostrou ainda que 58% dos brasileiros estão preocupados com os efeitos das mudanças climáticas. Outros dados referentes ao Brasil:
Design
Relógio que vira árvore
Que tal comprar um relógio, digamos, estiloso e ainda ajudar a preservar as florestas? Essa é a proposta da italiana WeWood, criadora de uma versão feita de madeira (foto)proveniente de área certificada. Para isso, a companhia vai usar parte dos recursos amealhados com a venda do relógio para financiar o plantio de 4,8 milhões de árvores em dez países, até o final de 2011. O Brasil não está entre eles. O relógio custa a partir de R$ 199.
Empresas do Bem
Reciclagem
Plástico e cidadania
Parceria entre a Plásticos Suzuki e a petroquímica Braskem, do grupo Odebrecht, promete ajudar a embelezar a cidade de São Paulo. As duas empresas estão doando à cidade 500 peças de mobiliário urbano (bancos, jardineiras e lixeiras) feitos de material reciclável. O diferencial dessa tecnologia é o uso de plástico sem valor comercial e que acabaria nos aterros sanitários. As peças consumiram 13,5 toneladas de resíduos coletados nas ruas da cidade em 2010.
Empreendedorismo
A vez das mulheres
Essa é para mulheres interessadas em se tornar empreendedoras. A Escola de Administração de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas, e a IE Business School, da Espanha, estão promovendo, em São Paulo, um curso gratuito destinado ao contingente feminino. O projeto é patrocinado pelo banco americano Goldman Sachs e inclui, além da parte teórica, visita a incubadoras de empresas. Informações no site www.10000women.ie.edu