No meio de um guerra comercial e com perspectivas negativas em relação a sua dívida externa, a China pode enfrentar um 2019 complicado para sua economia, e ter o menor crescimento desde 1990. Segundo a Reuters, o conselho econômico do país estuda reduzir a meta de crescimento do PIB para o patamar entre 6% e 6,5% diante de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos e desaquecimento da demanda interna.

A proposta de diminuição da expectativa será apresentada na sessão anual do parlamento, em março, porém já foi aprovada em uma reunião fechada da Conferência Central de Trabalho Econômico, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters. Já o crescimento de 2018 se desenha não ser animador. Dados coletados no último mês mostraram que a economia chinesa cresceu 6,6% em 2018, o menor patamar desde 1990.

O governo chinês tem uma meta a longo prazo de dobrar seu PIB até 2020 para transformar o país em “modestamente próspero”. Para atingir o patamar, a economia da China precisa crescer pelo menos 6,2% nos próximos dois anos. Uma das medidas usadas para manter o crescimento é a manutenção da taxa de juros do país em 3%, mesmo que dados da última semana mostrem que o índice passou de 2,2% em novembro para 1,9% em dezembro, abaixo da meta anual do governo.

Outra medida esperada por especialistas seria a diminuição das leis de reserva de capital nos bancos chineses, o que faria com que o banco central chinês aumentasse a oferta de crédito do país a fim de financiar pequenas e médias empresas.