Pequim e Washington conseguiram “avanços substanciais” para um acordo comercial parcial, afirmou Liu He, vice-primeiro-ministro chinês, após uma reunião com o presidente americano Donald Trump na semana passada.

Após uma série de reuniões em Washington com a equipe de negociação da China, liderado pelo vice-premier Liu He, encerradas em 11 de outubro, Trump anunciou um acordo parcial.

O acordo inclui promessas de aumentar as demandas de produtos agrícolas americanos e mais proteção para a propriedade intelectual, mas os detalhes ainda precisam ser ajustados.

“China e Estados Unidos fizeram avanços substanciais em muitos aspectos, que poderiam levar a um acordo de fase um”, declarou o vice-primeiro-ministro chinês em uma entrevista coletiva em Nanchang, na província de Jiangxi, neste sábado.

Esta foi a primeira declaração pública de Liu He sobre a questão desde as reuniões de Washington. Ele destacou a criação de uma base importante para alcançar um acordo por etapas.

“A China está disposta a trabalhar com os Estados Unidos para uma comunicação das principais preocupações, em um âmbito de igualdade e respeito mútuo”, disse Liu, de acordo com a conta em uma rede social do jornal público Economic Daily.

“Frear a escalada na guerra comercial beneficia a China, os Estados Unidos e todo o mundo. Isto é o que esperam tanto os produtores como os consumidores”, completou.

O acordo anunciado por Trump contemplava uma suspensão temporária das tarifas que deveriam entrar em vigor em meados de outubro.

Os aumentos de tarifas já adotados pelas duas potências, no entanto, permanecem em vigor e as reformas econômicas estruturais exigidas pelos Estados Unidos continuam sem solução.

Também não foi adotada nenhuma decisão sobre as tarifas de 15% aplicadas aos produtos de grande consumo, que deveriam entrar em vigor em dezembro.