A China adotará medidas se o Reino Unido persistir com o plano de conceder a milhões de cidadãos de Hong Kong a possibilidade de cidadania britânica em resposta à nova lei de segurança para o território, afirmou nesta quinta-feira a embaixada chinesa em Londres.

“Se a parte britânica fizer mudanças unilaterais na prática pertinente, violará sua própria posição e seus compromissos, assim como o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais”, afirmou a embaixada em um comunicado publicado em seu site.

“Nos opomos com veemência a isto e nos reservamos o direito de adotar as medidas correspondentes”, completa a nota, sem revelar detalhes.

Na terça-feira, o Reino Unido anunciou um plano que pode amplia os direitos de imigração para os habitantes de Hong Kong, por considerar que a lei de segurança que entrou em vigor no território constitui uma violação da autonomia da ex-colônia britânica.

Hong Kong retornou à soberania da China em 1997, após um acordo de devolução assinado com o Reino Unido que previa uma autonomia judicial e legislativa durante 50 anos.

Londres prevê modificar as cláusulas do “passaporte britânico de ultramar” para facilitar a mudança dos proprietários do documento para o Reino Unido.

Quase 350.000 cidadãos de Hong Kong dispõem do passaporte, número que dobrou desde o início dos protestos pró-democracia no ano passado.

A princípio, 2,9 milhões de cidadãos de Hong Kong, todos os que nasceram antes de 1997, teriam direito ao documento.