O Ministério da Saúde do Chile (Minsal) anunciou nesta segunda-feira (17) mudanças na gestão da pandemia contra a variante ômicron no país: reduziu o tempo de isolamento para casos confirmados de 10 para sete dias e o eliminou para “contatos próximos”.

A autoridade de saúde comunicou as novas medidas após um aumento de 530% nos casos confirmados de coronavírus nas últimas três semanas, nos quais a ômicron é dominante, e diante da estabilização do número de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

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“Esta variante tem um comportamento diferente das outras variantes. Esse comportamento tem se manifestado na manutenção dos números diários de internação na UTI”, disse o subsecretário de Saúde, Alberto Dougnac, em entrevista coletiva.

“As estratégias estão voltadas para a prevenção, além de fortalecer a rede assistencial”, acrescentou.

Em uma medida que entra em vigor nesta segunda-feira, foi eliminado o isolamento para contatos próximos – determinado pelo Ministério da Saúde – e foi criada a categoria “pessoa em alerta covid”, para quem vive ou esteve próximo (menos de um metro afastado e com uso incorreto da máscara) de um caso confirmado.

Um PCR ou teste de antígeno é recomendado para essas pessoas no quinto dia de contato, se não apresentarem sintomas. Se apresentarem sintomas, devem ser testados imediatamente e tomar medidas de autocuidado, evitar atividades maciças e optar pelo teletrabalho.

As autoridades também anteciparam a quarta dose de vacinação para todos os profissionais de saúde, inicialmente prevista para 7 de fevereiro, quando começará para todos os maiores de 55 anos.

O Chile tem uma cobertura vacinal com esquema completo de 88,4% e 71,5% com a dose de reforço, de uma população-alvo total a ser vacinada de 18,9 milhões, que inclui todos os maiores de três anos.

Durante esta segunda-feira, foram notificados 8.904 casos e 32 óbitos, em um total de 1.885.540 infetados e 39.426 óbitos desde o primeiro caso notificado no país, em 3 de março de 2020.