O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou neste domingo(05) um pacote de ajuda no valor de 1,5 bilhão de dólares para a classe média, fortemente afetada pela crise econômica decorrente da pandemia.

As medidas, destinadas a cerca de 1.000 famílias, concentram-se quase que exclusivamente na oferta e ampliação de créditos em condições preferenciais garantidas pelo Estado. A ajuda ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.

O pacote prevê empréstimos de até US $ 3.200, dividido em quatro parcelas, com uma taxa de juros igual a zero e um prazo de pagamento de quatro anos, além do adiamento da quitação de dividendos com garantia estatal.

Também determina a ampliação de um subsídio para pagamento de aluguel e crédito para pagamento do ensino superior.

Até agora, estas famílias foram excluídas dos auxílios estatais para enfrentar a crise do coronavírus, que infectou 295.532 pessoas e matou 6.308 pessoas confirmadas além dos 9.000 óbitos prováveis, segundo o último relatório oficial.

A Renda Familiar de Emergência criada para a crise é destinada a famílias com renda de até 400.000 pesos (US $ 490), que representam 34% das famílias chilenas, deixando de fora toda a classe média, equivalente a quase metade da população de 18 milhões de habitantes.

Após um acordo político, o Chile concordou em desembolsar até 12 bilhões de dólares – metade das economias que mantém no exterior – para enfrentar a crise econômica decorrente da pandemia.

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