Com o futuro incerto devido às sanções impostas pelo governo britânico ao Chelsea e seu dono, o russo Roman Abramovich, a empresa de telecomunicações Three (3) suspendeu o patrocínio ao atual campeão europeu e mundial de futebol.

Segundo o jornal inglês The Independent, a empresa começou a vincular sua marca na camisa do clube londrino no início da temporada 2020/2021, com um acordo de 40 milhões de libras (R$ 265,2 milhões) por ano.

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A suspensão do patrocínio é temporária, mas a empresa solicitou a remoção de seus logos na camisa e no Stanford Bridge, estádio que abriga o time. O anúncio foi feito apenas duas horas e meia antes do jogo contra o Norwich, pelo Campeonato Inglês, nesta quinta-feira (10).

“À luz das sanções anunciadas pelo governo, solicitamos que o Chelsea suspenda temporariamente nosso patrocínio, incluindo a remoção de nossa marca das camisas e do estádio até novo aviso”, afirma a Three em comunicado. “Achamos que, dadas as circunstâncias e a sanção do governo, é a coisa certa a se fazer”.

O Chelsea fatura 150 milhões de libras por temporada somados todos os seus patrocínios: Yokohama Tyres, Sure, Hublot, Hyundai e Trivago. Contudo, são grandes as probabilidades dessas empresas seguirem a Three e suspenderem seus patrocínios. A Hyundai declarou que já está revisando seu posicionamento de apoio à equipe inglesa.

Descrito pelo governo britânico como um “oligarca pró-Kremlim”, Abramovich teve seus bens congelados no Reino Unido junto ao de outros seis empresários russos. Abramovich disse que pretende vender o clube, mas, com o bloqueio, não será possível negociar o Chelsea.

“Os oligarcas e os cleptocratas não têm lugar em nossa economia nem em nossa sociedade”, afirmou a ministra de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss.

No entanto, o governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, publicou uma licença que permite algumas atividades ligadas ao futebol. Assim, o Chelsea pode continuar disputando o Campeonato Inglês, pagar os salários de seus jogadores e funcionários, impostos, dívidas de sua manutenção, custos de viagem e transferências de atletas previamente acordadas.

As sanções econômicas ocorrem como uma resposta dos países ocidentais à invasão da Rússia sobre a Ucrânia.