Por Patricia Zengerle e Mark Hosenball e Daphne Psaledakis

WASHINGTON (Reuters) – Líderes de agências de espionagem dos Estados Unidos alertaram nesta quarta-feira para a “ameaça sem paralelos” representada pela China, citando a agressão regional, as capacidades cibernéticas e a influência econômica de Pequim ao deporem na audiência pública no Congresso “Ameaças Mundiais” pela primeira vez em mais de dois anos.

“A China é, cada vez mais, uma competidora quase em pé de igualdade que desafia os Estados Unidos em diversas arenas, ao mesmo tempo em que pressiona a revisão de normas globais de maneiras que favoreçam o sistema autoritário chinês”, disse a diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, ao Comitê de Inteligência do Senado.

“(A China) também tem capacidades cibernéticas substanciais que, se utilizadas, no mínimo podem causar transtornos localizados e temporários em infraestrutura crítica dentro dos Estados Unidos”.

O pronunciamento inicial de Haines também citou os esforços russos para minar a influência dos EUA, a contribuição do Irã à instabilidade no Oriente Médio, o terrorismo global e esforços possíveis da Coreia do Norte para “criar cisões” entre Washington e seus aliados como ameaças consideráveis.

O diretor da Agência Central de Inteligência, William Burns, o diretor do FBI, Christopher Wray, o diretor-geral da Agência Nacional de Segurança, Paul Nakasone, e o diretor da Agência de Inteligência da Defesa, tenente Scott Berrier, também depuseram.

A audiência ocorreu um dia depois de agências de inteligência dos EUA divulgarem um relatório abrangente sobre ameaças mundiais, que mencionou a pobreza, a disparidade entre pobres e ricos, a mudança climática e conflitos dentro e entre nações.

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