A chefe de campanha de Svetlana Tijanovskaya, candidata presidencial de oposição em Belarus, foi presa neste sábado (8), na véspera da eleição, anunciou a equipe da rival do atual presidente Alexandre Lukashenko.

Maria Moroz foi detida neste sábado, informou Anna Krasulina, porta-voz de Tijanovskaya.

Segundo Krasulina, os motivos pela prisão não foram informados.

“Ela provavelmente será liberada antes de segunda-feira”, ou seja, após a votação, afirmou a porta-voz.

Moroz já havia sido detida pelo Ministério do Interior na quinta-feira, segundo o comando da campanha de oposição, após visitar a embaixada da Lituânia em Minsk, mas foi liberada logo em seguida.

No sábado à noite, a polícia deteve uma importante aliada de Tijanovskaya, Maria Kolesnikova, que também foi logo liberada porque havia sido confundida com outra pessoa, disse à AFP Krasulina.

Belarus realizará neste domingo sua eleição presidencial, em um momento em que a oposição aparece com boas chances para vencer o atual presidente Lukashenko, de 65 anos e que está no poder há 26 anos.

Desde o início do ano, após uma mobilização inesperada a favor da oposição, as autoridades bielorrussas multiplicaram as operações contra os rivais de Lukashenko.

Dois possíveis candidatos nas eleições de 9 de agosto foram presos, o que levou Tijanovskaya, esposa de um deles, a assumir a candidatura.

Tijanovskaya conseguiu unificar todos os opositores do chefe de Estado bielorrusso e reunir milhares de pessoas em suas aparições públicas, algo até então inédito para a oposição.

Lukashenko denuncia um complô entre os opositores e mercenários russos para cometer um “massacre”, tentar desestabilizar o país e tomar o poder à força.