A pandemia de coronavírus é um “alerta” para a comunidade internacional, disse nesta segunda-feira (5) o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus, que pediu uma reforma mais rápida da instituição para responder de modo mais eficiente às emergências de saúde.

Durante uma sessão extraordinária do Conselho Executivo da OMS sobre a resposta à covid-19, Tedros defendeu o trabalho da organização, acusada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de incompetência em sua gestão da pandemia.

Tedros também defendeu a reforma da OMS nos últimos três anos, mas reconheceu que é preciso acelerar o ritmo.

“Não vamos pelo caminho equivocado (…) mas precisamos nos mover mais rápido. A pandemia é um alerta para todos nós”, disse.

Esta reunião extraordinária do Conselho Executivo – que inclui representantes de 34 países eleitos por três anos e é encarregada de preparar e aplicar as decisões dos membros – é apenas a quinta na história da organização.

A reunião foi convocada pela OMS em resposta a uma resolução aprovada pelos Estados-membros em maio, na qual pediam uma “avaliação independente” da resposta à pandemia por parte da organização e da comunidade internacional.

O diretor da OMS destacou a necessidade de reforçar a vigilância internacional de países.

“O mundo precisa de um sistema sólido de revisão entre iguais”, disse, citando como exemplo a chamada Revisão Periódica Universal estabelecida pelo Conselho de Direitos Humanos, que todos os membros das Nações Unidas devem fazer a cada quatro ou cinco anos.

A OMS emitiu um alerta mundial em 30 de janeiro pela covid-19.

Desde então a organização tem sido muito criticada, principalmente pelos Estados Unidos, por sua demora a declarar o estado de emergência, apesar de o coronavírus ter sido detectado no final de dezembro na China.