O administrador da Nasa, Jim Bridenstine, elogiou o programa espacial russo nesta sexta-feira e disse que espera que uma equipe seja enviada de volta à Estação Espacial Internacional (ISS) em dezembro, apesar do lançamento fracassado de quinta-feira.

“Há uma relação maravilhosa entre as agências espaciais russa e americana”, afirmou em uma entrevista coletiva, na qual também disse “esperar que voemos novamente em um foguete Soyuz”.

“Tudo correu bem depois acidente com o o foguete”, afirmou Bridenstine, elogiando a escolha certa de ejetar os dois astronautas, o americano Nick Hague e o russo Alexei Ovchinine.

“As pessoas que prepararam este foguete fizeram isso de forma admirável”, acrescentaram autoridades da Nasa durante a entrevista coletiva na embaixada dos Estados Unidos em Moscou.

Bridenstine se encontrou com o diretor da agência espacial russa Roskosmos.

A Estação Espacial Internacional (ISS) é um dos raros exemplos de cooperação que existem entre a Rússia e os Estados Unidos.

“Nem todas as missões que fracassam acabam tendo uma conclusão tão bem sucedida”, destacou o chefe da agência americana, que visitou a Rússia e o Cazaquistão pela primeira vez desde sua nomeação.

O próximo lançamento de uma Soyuz está agendado para 20 de dezembro. “Podemos fazer mais pelo espaço juntos do que separadamente”, explicou Bridenstine, referindo-se aos dois países.

Na véspera, os tripulantes da Soyuz precisaram retornar à Terra, ilesos, depois que sua nave teve um problema no motor pouco após a decolagem rumo à ISS.

Apenas dois minutos depois da decolagem, um dos motores da nave Soyuz falhou e obrigou os dois tripulantes a retornarem de modo urgente para a Terra, ao invés de prosseguirem com a viagem até a ISS.

No momento do incidente, Nick Hague e Alexei Ovichinin viajavam a quase 7.563 km/h e estavam a cerca de 50 km de altitude, segundo a Nasa. Sua cápsula, equipada com paraquedas, os trouxe de volta à Terra, mas os dois homens sofreram uma forte pressão.

Ambos os tripulantes foram resgatados minutos depois de sua aterrissagem e evacuados para Jezkazgan, uma cidade de 80.000 habitantes a cerca de 20 km de distância.