Criticar a China sobre a questão de Taiwan terá “consequências perigosas”, alertou o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, nesta sexta-feira (21).

Duas semanas atrás, a China lançou três dias de exercícios militares em torno desta ilha democrática autônoma em resposta à reunião entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy.

“Recentemente, houve uma retórica absurda acusando a China… de mudar unilateralmente o status quo no Estreito de Taiwan por meio da força ou coerção e perturbar a paz e a estabilidade” na área, disse o ministro em um fórum em Xangai.

“Tais declarações vão contra o senso comum das relações internacionais e da justiça histórica”, disse ele. “A lógica é absurda e terá consequências perigosas”, acrescentou.

A China considera Taiwan como parte de seu território e defende a retomada do controle da ilha no futuro, até mesmo pela força, se necessário.

“A questão de Taiwan está no centro dos interesses fundamentais da China”, disse seu principal diplomata.

“Nunca faremos concessões a ações que minam a soberania e a segurança da China. Aqueles que brincam com fogo em Taiwan vão acabar se queimando”, acrescentou.

Em seu discurso, Qin elogiou as intenções pacíficas da China e destacou seu papel na reconciliação da Arábia Saudita e do Irã ou sua disposição de mediar a guerra na Ucrânia, que não condenou.

“A China não está colocando lenha na fogueira ou tirando vantagem da situação”, disse ele.

“Os fatos provam que a marcha da China em direção à modernização é uma força crescente para a paz e a justiça”, acrescentou.