Um estudo conduzido por pesquisadores do Imperial College de Londres, indicou que a chance de infecção com a variante Delta em pessoas vacinadas com duas doses dos imunizantes produzidos pela Pfizer e AstraZeneca é entre 50% e 60% menor do que entre os não vacinados.

Foram coletados durante os dias 24 de junho e 12 de julho dados de mais de 98 mil voluntários na Inglaterra para a pesquisa REACT-1, divulgada nesta quarta-feira (4). Entre as pessoas que apresentaram sintomas da doença quando infectadas, as vacinas foram efetivas na proteção de 59% dos voluntários.

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Não existe um registro de efetividade por vacina, mas a pesquisa apontou que, em comparação com estudos anteriores e com o mesmo objetivo de mapear o poder da variante Delta, o índice de proteção das pessoas ficou menor neste levantamento. A queda na efetividade de proteção das vacinas era esperada porque desta vez mais pessoas participaram do levantamento e ele incluiu quadros assintomáticos ao coronavírus.

Segundo Paul Elliot, epidemiologista do Imperial College, o avanço de infecções e hospitalizações no Reino Unido, que conta com uma onda de casos envolvendo a variante Delta, atinge principalmente jovens que ainda não foram vacinados. O Imperial College aponta que crianças e jovens de 5 a 24 anos são responsáveis por 50% das infecções entre os ingleses neste momento.

Em geral, a prevalência da doença entre não vacinados é de 1,21%, contra 0,40% dos totalmente vacinados. A carga viral entre as pessoas vacinadas também foi menor.

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