A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou a Petrobras em R$ 1 milhão nesta terça-feira, 7, por conta do acidente ocorrido na semana passada na maior refinaria da estatal, Replan, que lançou gases poluentes na atmosfera. A companhia determinou ainda que a refinaria tome as providências necessárias para impedir novas emissões de poluentes na atmosfera durante a partida das unidades operacionais.

A Refinaria de Paulínia (Replan) está parada desde o dia 1º de novembro, dia do acidente, quando gases gerados nos processos de produção tiveram que ser direcionados para os “flares” (chaminés), que não puderam operar normalmente pela falta de ar comprimido e vapor, suprimento crucial para o bom funcionamento dos queimadores.

“Este fato gerou a emissão intensa de poluentes (material particulado e fumaça preta) na atmosfera, provenientes da chaminé da unidade de craqueamento catalítico”, disse a Cetesb um dia depois do acidente. Segundo a Cetesb, as emissões permaneceram até às 23h30 do mesmo dia, quando houve a regularização do suprimento de vapor para esses equipamentos.

A Refinaria de Paulínia continuava operando de forma parcial e com cinco unidades paradas na tarde desta terça-feira, dia 7, de acordo com informação do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP).

“O Sindicato averiguou que uma das unidades de Craqueamento já está em vias de iniciar a partida e a Replan opera com carga menor que 60% da sua capacidade diária de produção”, informou em nota.

A Replan tem capacidade para processar 415 mil barris diários de petróleo. Já a Petrobras informou que não há risco de desabastecimento do mercado por conta da parada da unidade, e que a mesma já voltou a funcionar parcialmente, mas que, como toda refinaria, a volta da produção é feita gradativamente.