Quase metade dos caminhoneiros que estavam parados na última terça-feira, 29, queriam a renúncia do presidente Michel Temer e pediam a intervenção militar. Estes são os principais resultados alcançados pela pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, em parceria com a TruckPad.

A pesquisa foi realizada com 1.500 caminhoneiros. Entre as reivindicações comuns, quase 59% queriam a redução do preço do diesel, cerca de 50% pediam o controle sobre o preço dos combustíveis e 47% exigiam a criação do frete mínimo. Esses três pedidos foram atendidos pelo governo federal.

Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram querer a saída de Michel Temer da Presidência da República, enquanto que 39% pediram a intervenção militar.

Perfil

A grande maioria dos caminhoneiros entrevistados apontavam ser autônomos (82%) e não fazer parte de nenhuma associação de classe (96%). Entre eles, estavam parados 96,5%, sendo que 71% estavam em casa e outros 25,5% estavam parados nas estradas.

Até terça, aproximadamente 74% afirmavam que iriam continuar parados até que tivessem suas reivindicações atendidas. Por outro lado, 19% diziam estar preparados para voltar a trabalhar. Cerca de 60% dizia esperar que a paralisação continuasse o tempo que fosse preciso para que as reivindicações fossem atendidas.

Desmobilização

A partir desta quarta-feira, 30, muitos serviços voltaram a funcionar no País com a desmobilização dos caminhoneiros. Segundo o Sincopetro, o abastecimento de combustível estava sendo normalizado. Algumas indústrias que estavam paradas também voltaram a funcionar. O prejuízo causado pela paralisação alcançaram R$ 50 bilhões, de acordo com dados divulgados por associações de 13 setores da economia brasileira.