Os executivos não devem abusar do poder que recebem nas empresas. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (21) pelo CEO da Microsoft, Satya Nadella, em um dos primeiros comentários vindos do alto escalão da companhia depois que a imprensa revelou que Bill Gates, fundador da Microsoft, havia buscado um relacionamento sexual com uma ex-funcionária em 2000.

Desde que Nadella assumiu como CEO em 2014,  empresa não enfrentou muita polêmica. Segundo a CNBC, ele é visto como um líder atencioso que ajudou a revigorar a empresa no setor de tecnologia altamente competitivo, mas raramente teve que lidar com complexidades. Só que agora, ele tem que enfrentar um desafio trazido por seu antecessor.

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“No geral, a dinâmica de poder no local de trabalho não é algo que possa ser abusado de qualquer forma.  E o mais importante é garantir que todos se sintam confortáveis ​​em poder levantar quaisquer questões que virem”, disse Nadella a Jon Fortt no“ TechCheck ”da CNBC. “Assim teremos capacidade de investigar”, completou.

A Microsoft recebeu um relatório, no segundo semestre de 2019, indicando que Gates teria tentado iniciar um relacionamento íntimo com uma funcionária em 2000, e um comitê do conselho conduziu uma investigação com a ajuda de um escritório de advocacia.

No fim de semana, a imprensa norte-americana noticiou a investigação, dias depois de Bill e Melinda Gates anunciarem que se divorciariam após 27 anos juntos.

Nadella aproveitou a entrevista para mostrar a evolução da companhia nos últimos anos, mas destacou também a importância investigar qualquer tipo de denúncia, ainda que o fato tenha ocorrido há 20 anos.