A filha de Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que pilotava o avião de Marília Mendonça no dia do acidente, pretende processar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pela colisão no cabo de energia.

Com o processo, Vitória Medeiros quer honrar a memória do pai. O advogado de Vitória disse que a garota não está preocupada com o valor da indenização e que ela foi muito agredida nas redes sociais por internautas que responsabilizaram o piloto pelo acidente. As informações são do jornal O Tempo.

Vitória quer provar que o acidente foi causado por falha da Cemig. “A Cemig fala que a torre estava fora da área de proteção, que vai até quatro quilômetros no raio do aeroporto. Argumenta que a torre estava a cinco quilômetros, e, que, por isso, não seria necessária a sinalização. Mas essa distância significa apenas 20 segundos de voo. Se tivesse sinalizado, obviamente o piloto teria avistado a fiação”, disse o advogado Sérgio Roberto Alonso ao jornal.

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Sérgio disse que vai recorrer ao parágrafo único do artigo 927 do Código Civil. “Esse trecho fala que quem mexe com atividades perigosas, como energia elétrica ou nuclear, deve indenizar suas vítimas”, afirma Sérgio.

Em nota ao O Tempo, a Cemig confirmou a não sinalização da torre de energia. “A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido”, diz a nota da companhia.