Pela primeira vez no Brasil, o número de linhas pós-pagas superou o de pré-pagas no Brasil, de acordo com dados da série histórica da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), iniciada em fevereiro de 2005.

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Somente em setembro deste ano, a agência registrou 114,7 milhões de celulares pós-pagos, o que significa um pouco mais de 1 milhão de linhas em relação às pré-pagas (113,5 milhões).

Desde junho de 2015 o acesso às linhas pré-pagas vem caindo. Naquele mês, 211,4 milhões dos chips eram pré-pagos e 71 milhões eram pós-pagos.

Divulgação/Anatel

Para a Anatel, três fatores contribuíram para a mudança. Um deles é que as empresas de telefonia passaram a oferecer chamadas ilimitadas para todas as operadoras, assim, os usuários deixaram de ter mais de um chip de cada prestadora.

A segunda é que a crise econômica em 2014 e 2015 fez com que muitas linhas pré-pagas fossem deixadas de lado, principalmente nas classes de baixa renda.

Outro aspecto é que a necessidade de acesso à internet causou uma migração para os planos controle (pós-pagos), com clientes em busca de preços melhores para os pacotes de internet.

A agência disse ainda que em setembro de 2020 havia no Brasil 228,3 milhões de linhas móveis.